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Marcos Resende Poemas

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Everálvio

Everálvio de Jesus.jpg

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Ever alvo. Para sempre branco

no afã de dar formas
aos conteúdos puros ou boçais
impostos (impressos?) pela vida.

Orgânico Verão, verossímil mágico
Malabarista atávico, clarividente e onírico.
Everão tão bom. Logomarcante amigo.

Ever alvo — tangível/acessível
Plástico irmão — magnético artesão do Ofício da beleza:
é bonito arrancar do nada, o traço e o movimento.
É preciso a cor. É imprescindível e urgente
o "abre-te Sésamo" dos prefixos e vinhetas
videovestimentas de programas novos
produções recém-paridas.
É preciso resgatar o Belo do desafio branco
do papel, do filme, da fita
ainda virgens.

Ever alvissareiro, Verão tece os cueiros
reveste de prelúdios
Apaixon(A.D.O.) como sempre, cibernético ourives,
genial table-top(intor) — artífice do sonho —
(bem)feitor de efeitos,
afetuoso bruxo,
fusão de obstetra + esteta + obstinado príncipe.

Na prancheta povoada é sempre primavera,
outono nos cabelos:
noites sem dormir.
Inverno (quem sabe?) num drop-out compensado
de uma inconfessável mágoa (?)
dor não resolvida (?)

Mas, nada disso importa já que ele
— Ever Wizard of Us —
trocou seu reino por uma ilha,
onde reina suave, paciente
e re(inventa) o movimento
e arquiteta sereno a redimensão do cosmos,
e estréia como poucos
num vernissage alucinante, onde se expõe
(quase) no anonimato,
multiplicado ao infinito por um satélite.

Logo/tipo inesquecível.

São Paulo Junho 1989

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    Marcos Resende